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Síndico preso por desvio no condomínio: mais comum que você imagina

É mais comum do que você imagina: síndico preso por desvios de dinheiro no condomínio. E não é preciso buscar muito para encontrar casos desse tipo. Eles acontecem em condomínios de todas as regiões e estados do Brasil.

A grande pergunta é: por que isso ocorre com tanta frequência? Como esses desvios acontecem? E, mais importante, como proteger o seu condomínio para que não se torne mais uma vítima dessa prática?

A resposta é complexa, mas a boa notícia é que sim, é possível evitar. No entanto, muitos condomínios ainda enfrentam vulnerabilidades que os tornam alvos fáceis para golpes e desvios.

Neste conteúdo, o blog da uCondo explora os principais casos de desvio, corrupção e golpes que afetam os condomínios e seus moradores, oferecendo soluções práticas para garantir mais segurança e transparência na gestão.

Índice

Caso de síndico preso por desvio em condomínio reacendeu debate sobre o tema
Caso de síndico preso por desvio da última semana reacendeu debate sobre o tema.



O desvio de dinheiro no condomínio

Desvios financeiros em condomínios não são apenas uma exceção; são mais comuns do que se imagina. 

Infelizmente, a gestão de recursos compartilhados pode ser um campo fértil para ações fraudulentas, especialmente quando não há fiscalização rigorosa. 

O desvio pode ocorrer de diversas formas: desde a apropriação indevida de valores, até a manipulação de orçamentos e contratos.

Em muitos casos, o síndico, que deveria ser o guardião dos recursos financeiros do condomínio, acaba se aproveitando da confiança dos moradores para desviar verbas. 

Isso pode comprometer a saúde financeira do condomínio e causar grandes prejuízos aos moradores.




Quem pode movimentar a conta do condomínio?

A movimentação financeira do condomínio deve ser restrita e claramente regulamentada. Em geral, o síndico é a pessoa indicada para administrar a conta bancária do condomínio, mas isso deve ser feito com total transparência. 

Dependendo do tipo de administração, o síndico pode ter permissão para movimentar a conta sozinho ou precisar da assinatura de outro membro da comissão, como o conselho fiscal.

Dica importante: para garantir a segurança, muitos condomínios adotam a prática de exigir duas assinaturas (síndico e um membro do conselho) para realizar transações significativas. Isso reduz o risco de desvios e garante maior controle sobre as finanças do condomínio.




Casos de desvio no condomínio

Os desvios de dinheiro em condomínios continuam a ser um problema recorrente e de difícil detecção. 

Recentemente, diversos casos ganharam atenção na mídia, destacando como a falta de fiscalização e a má gestão podem resultar em prejuízos significativos para os moradores.

Advogado preso em Teresina

Em Teresina, um advogado foi preso preventivamente, acusado de desviar valores de diversos condomínios onde atuava como síndico. 

A investigação começou após a denúncia de um desvio de R$ 40 mil em um condomínio no conjunto Verde Cap. 

Durante as apurações, foi comprovado que o advogado realizou transferências, incluindo R$ 17 mil via Pix para sua conta pessoal. 

Esse caso exemplifica como a confiança depositada em síndicos pode ser explorada para fins pessoais, prejudicando toda a coletividade do condomínio.

O Síndico (Podcast da Folha)

Em São Paulo, o jornalista Chico Felitti trouxe à tona um enredo intrigante no podcast "O Síndico", revelando o caso de um homem que se apresentava como um síndico profissional com anos de experiência. 

Ele prometia uma gestão transformadora, mas logo se descobriu que ele não era quem dizia ser. E isso aconteceu em mais de um condomínio.

Os moradores começaram a suspeitar de desvio de dinheiro, e o podcast detalha fraudes, falsidade ideológica e prejuízos à coletividade, mostrando como a falta de transparência e a manipulação da confiança podem destruir a integridade financeira de um condomínio.

Síndica desvia mais de R$ 230 mil em Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, uma síndica profissional foi acusada de desviar mais de R$ 230 mil de dois condomínios. O golpe só foi descoberto quando Luciene Vieira deixou suas funções. 

Em um dos casos, a síndica forjou extratos bancários e apresentou um cheque sem fundos como solução para o prejuízo de R$ 70 mil. 

A situação foi agravada por outra fraude de R$ 160 mil em outro condomínio administrado por ela. 

O caso expõe a importância de uma fiscalização constante e de uma gestão financeira clara e honesta para evitar que situações semelhantes ocorram.

Ex-síndico condenado por repasse irregular

Em Brasília, um ex-síndico foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a ressarcir R$ 80 mil ao condomínio em que trabalhava. 

O montante foi transferido de maneira irregular para uma terceira pessoa, sem comprovação de que o valor teria sido utilizado em benefício do condomínio. 

O tribunal constatou que a falta de documentação e a justificativa inadequada para o repasse configuraram negligência administrativa. 

Esse caso serve como alerta para a necessidade de prestarem contas detalhadas e de garantir que cada movimentação financeira tenha uma justificativa clara.

Esses casos demonstram que a fraude financeira em condomínios não é um problema isolado. Eles destacam a importância de uma gestão transparente, da fiscalização constante e da atuação de órgãos competentes para evitar que mais moradores sejam prejudicados por síndicos corruptos.




Desvio de dinheiro de condomínio é crime? 

Sim, desviar dinheiro de um condomínio é considerado crime. Esse ato configura crime de apropriação indébita, previsto no Código Penal Brasileiro. 

Se um síndico ou administrador de condomínio se apropriar de verbas destinadas a fins específicos, ele pode ser processado criminalmente. 

Além disso, o desvio pode ser qualificado como crime de estelionato, caso envolva fraude na prestação de contas ou manipulação de documentos.

Importante: caso se constate que o síndico desviou verbas, os moradores têm o direito de buscar a reparação por meio de ação judicial, tanto cível quanto criminal.




Como posso descobrir se o síndico está roubando dinheiro? 

Detectar um desvio de dinheiro por parte do síndico pode ser desafiador, mas há sinais que podem indicar que algo não está certo. 

Se você desconfia de que o síndico está se apropriando indevidamente dos recursos do condomínio, fique atento a alguns comportamentos e práticas que costumam ser indicativos de fraude. 

Aqui estão algumas formas de perceber se o síndico está roubando dinheiro:

1. Falta de Transparência nas Prestação de Contas

O síndico tem a obrigação de fornecer relatórios financeiros claros e acessíveis para os moradores. Se ele se recusar a apresentar as contas ou justificar gastos sem apresentar documentos comprobatórios (como notas fiscais, extratos bancários, etc.), isso é um sinal de alerta. A ausência de detalhes ou a entrega de informações vagas pode ser uma tentativa de esconder os desvios.

2. Movimentações Bancárias Suspeitas

Fique atento a transações bancárias não explicadas, como pagamentos para fornecedores desconhecidos ou transferências que não correspondem aos serviços prestados. A verificação das contas bancárias do condomínio deve ser feita regularmente. Se o síndico não permitir que os moradores ou o conselho fiscal acessem essas informações, desconfie.

3. Falta de Comprovantes e Faturas

Quando o síndico faz pagamentos, ele deve apresentar comprovantes e faturas detalhadas para justificar cada gasto. Se ele não fornecer esses documentos ou apresentar documentos falsificados ou manipulados, é um forte indicativo de fraude. Além disso, a falta de orçamentos para obras e serviços também pode ser um sinal de que as transações não estão sendo feitas de maneira correta.

4. Despesas Incompatíveis com o Condomínio

Compare o valor das despesas do condomínio com o porte e os custos gerais de outros prédios semelhantes. Se os valores parecerem excessivos ou fora da realidade, vale a pena investigar mais a fundo. Despesas infladas, como contratos superfaturados ou serviços desnecessários, podem ser indicativos de desvio de verbas.

5. Contratação de Serviços Sem Consulta

Se o síndico frequentemente contrata prestadores de serviços sem apresentar múltiplos orçamentos ou sem um processo formal de licitação, isso pode ser uma tentativa de desviar recursos do condomínio. Esses contratos podem ser uma maneira de esconder o pagamento de propinas ou de favorecer empresas que compartilham os lucros com o síndico.

6. Irregularidades em Assembléias e Reuniões

Durante as assembleias, os moradores têm o direito de questionar a gestão financeira do condomínio. Se o síndico se recusar a responder perguntas ou evitar a discussão sobre as finanças, isso pode ser um indício de que ele está tentando esconder algo. Fique atento a comportamentos evasivos ou a mudanças no padrão de como as informações são compartilhadas com os moradores.

7. Inconsistências nas Contas e Balancetes

Os balancetes financeiros devem estar sempre em conformidade com as receitas e despesas reais do condomínio. Se houver inconsistências, como falhas nos registros ou números que não batem com os depósitos ou retiradas bancárias, isso pode indicar que o síndico está desviando recursos.

Caso haja suspeitas concretas, uma auditoria externa pode ser a melhor maneira de descobrir irregularidades. A contratação de uma empresa especializada para revisar as contas e a gestão financeira do condomínio pode revelar se há algo errado.




O que fazer quando o síndico está roubando?

Descobrir que o síndico está roubando dinheiro do condomínio pode ser uma situação angustiante, mas é crucial agir rapidamente para proteger os recursos da coletividade e garantir que o responsável seja responsabilizado. 

Aqui estão as etapas essenciais a serem seguidas quando se descobre que o síndico está desviando recursos:

1. Reúna Evidências: O primeiro passo é documentar todas as evidências de que o síndico está roubando dinheiro. Isso pode incluir:

  • Extratos bancários mostrando transações suspeitas ou não autorizadas.

  • Faturas e comprovantes de pagamento falsificados ou sem justificativa.

  • Registros de transferências bancárias incomuns ou movimentações irregulares.

  • Depoimentos de outros moradores que possam ter percebido irregularidades.

Essas evidências serão fundamentais para sustentar qualquer ação futura, seja jurídica ou administrativa.

2. Informe o Conselho Fiscal: Caso o condomínio tenha um conselho fiscal, informe-o imediatamente sobre as irregularidades detectadas. O conselho tem a função de supervisionar a gestão financeira e, em muitos casos, pode realizar auditorias ou intervir diretamente, além de convocar uma reunião para tratar da situação.

3. Convocar uma Assembleia Extraordinária: A convocação de uma assembleia extraordinária é essencial para discutir a situação com os moradores. Nessa assembleia, todos os condôminos devem ser informados sobre as suspeitas de desvio e a evidência coletada. A decisão sobre a continuidade ou destituição do síndico pode ser tomada pela maioria dos moradores, conforme as regras do condomínio.

4. Destituir o Síndico: Se as evidências forem fortes o suficiente, o síndico pode ser destituído de sua função. A destituição deve ser feita de acordo com o que está previsto na convenção do condomínio, geralmente por meio de votação em assembleia. Após a destituição, é fundamental que um novo síndico, de preferência profissional e imparcial, seja nomeado para assumir a gestão.

5. Ação Judicial: Além da denúncia às autoridades, o condomínio pode entrar com uma ação judicial para buscar o ressarcimento dos valores desviados. O processo pode envolver uma ação indenizatória, onde o síndico é responsabilizado pelos danos causados ao patrimônio do condomínio. Essa ação pode resultar no pagamento de multas, danos materiais ou até mesmo prisão.




Como evitar desvio de dinheiro no condomínio?

Para evitar desvios financeiros no condomínio, é fundamental adotar práticas de gestão transparente e controle rigoroso. Algumas medidas incluem:

  • Prestação de contas regular: O síndico deve fornecer relatórios financeiros detalhados e acessíveis aos moradores.

  • Auditorias periódicas: Contratar auditores externos para revisar as finanças regularmente.

  • Controle de movimentações bancárias: Implementar regras claras para movimentação de recursos, como exigir duas assinaturas para transações grandes.

  • Participação ativa dos moradores: Envolver os moradores na fiscalização, garantindo maior transparência.

O uso de um sistema de gestão como o uCondo pode ajudar significativamente. Ele facilita a automação de processos financeiros, fornece relatórios acessíveis em tempo real e garante que todas as transações sejam registradas de forma clara e auditável. 

Com o uCondo, os moradores e o conselho fiscal podem acompanhar de perto a gestão financeira, prevenindo qualquer tipo de desvio.

Quer saber mais sobre como melhorar a gestão financeira do seu condomínio? Assista ao nosso vídeo com dicas essenciais para uma administração transparente e eficiente:

Postado em  

July 11, 2025

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