Carregadores de carros elétricos nos condomínios: O que diz a Lei?
Aas normas e regras para a instalação de carregadores de carros elétricos impactam residências, prédios e condomínios em todo o Brasil. E por este motivo, elas seguem gerando muito polêmica, principalmente com o aumento do número de veículos elétricos no Brasil.
De acordo com um estudo recente publicado pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o Brasil teve um crescimento de cerca de 10% no número de carros elétricos vendidos. No primeiro trimestre deste ano, foram vendidos quase 40 mil carros elétricos no Brasil, contra 36 mil vendidos no mesmo período do ano passado.
Com o aumento na adoção de veículos elétricos, a segurança das estações de recarga segue sendo uma preocupação tanto dos moradores quanto de síndicos de condomínios residenciais e comerciais.
Assim, com essa popularização, é cada vez mais importante que estes síndicos e gestores também entendam essas regras para o uso de carregadores elétricos. Isso porque instalar um carregador de carro elétrico não é tão simples quanto instalar uma nova tomada de energia.
Neste conteúdo, vamos trazer detalhes sobre essas regulamentações e seu impacto nos condomínios residenciais. Boa leitura!
Índice
- A chegada dos veículos elétricos
- A necessidade de regulamentação
- As novas regras sobre o tema no Brasil
- O que estabelece a normativa 17019?
- Posso instalar carregar no condomínio?
- Quanto custa a instalação do carregador?
- Como é a divisão do consumo de energia?
- Os carros elétricos nos condomínios

A chegada dos veículos elétricos
A adoção de veículos elétricos (VE) e híbridos (VEH) no Brasil está crescendo de maneira impressionante. Desde 2015, a frota de veículos elétricos aumentou mais de 40 vezes, e a tendência é que esse número continue a crescer exponencialmente.
Apesar de ainda representarem uma pequena parte da frota total, as projeções indicam que, no futuro próximo, os veículos eletrificados ocuparão uma fatia significativa do mercado automobilístico.
De acordo com um estudo da McKinsey & Company, estima-se que a frota de veículos elétricos no Brasil alcance 11 milhões até 2040, representando mais de 20% de todos os veículos em circulação no país.
Além disso, dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) publicados em abril de 2025 sugerem que o número de veículos elétricos de passageiros (BEV) e híbridos plug-in (PHEV) no Brasil já se aproxima de 470 mil.
Esse crescimento reflete a contínua expansão do mercado, impulsionada pelo lançamento de novos modelos pelas montadoras, que estão cada vez mais comprometidas com o desenvolvimento de soluções mais sustentáveis e eficientes.
Com o aumento da demanda por modelos mais acessíveis e com melhor performance, o setor automobilístico brasileiro está se adaptando rapidamente para atender a essa nova realidade.
Como os condomínios estão se adaptando?
A adaptação à esta realidade não será limitada às cidades. De maneira semelhante, os condomínios também precisam se preparar para essa transformação.
Nesse sentido, muitos condomínios já começaram a implementar mudanças, como a instalação de carregadores para veículos elétricos e a atualização das regras internas.
O ponto principal que envolve os condomínios quanto a essa questão está relacionado com a instalação de carregadores elétricos.
É preciso se entender que a implementação dessa estações de recarga vai variar dependendo do tipo de equipamento e o interesse da comunidade.
É importante saber que existem leis municipais e estaduais em todo o país que obrigam que novos empreendimentos já tenham estações de recarga instalada a fim de atender os moradores.
A instalação de carregadores de veículos elétricos em condomínios
A instalação de carregadores de veículos elétricos em condomínios passou a ser uma questão de grande relevância, especialmente à medida que o número de veículos eletrificados cresce no Brasil.
Durante o Workshop Internacional "Eletromobilidade & Segurança nas Edificações", realizado em 6 de junho de 2025, na capital paulista, foi anunciado que uma diretriz nacional sobre a recarga de carros elétricos em condomínios está sendo elaborada.
O presidente do Comitê Nacional de Estudos sobre Eletromobilidade e Acumuladores de Energia da Ligabom, Coronel Max Alexandre Schroeder, afirmou que a nova norma será aplicada em todos os 27 estados brasileiros, com medidas de segurança específicas que deverão ser ajustadas às legislações estaduais.
Para a construção dessa diretriz, foram levadas em consideração mais de 1.500 contribuições recebidas durante a consulta pública aberta pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo (CB-SP).
A segurança é a principal preocupação em relação à instalação de carregadores em áreas comuns de condomínios. A nova diretriz exigirá que todas as edificações realizem um gerenciamento de risco, conduzido por profissionais especializados, para avaliar as condições específicas de cada prédio.
Esse processo ajudará a determinar as melhores práticas de instalação, garantindo a segurança tanto das pessoas quanto da estrutura do condomínio.
De acordo com o Coronel Schroeder, questões polêmicas, como a construção de muros nas garagens e o distanciamento mínimo de cinco metros entre as instalações de recarga, não devem fazer parte da nova normativa, o que promete simplificar o processo de instalação para os condomínios.
Os desafios na "micromobilidade"
Além de se preocupar com a segurança dos veículos elétricos, as diretrizes também abordam os riscos associados à micromobilidade, como bicicletas, patinetes e scooters elétricas.
O Major Ronaldo Ribeiro, coordenador da Comissão Estadual de Estudos sobre Eletromobilidade da CBPMESP, destacou que esses veículos possuem baterias menores e podem ser produzidos de forma não padronizada, o que aumenta o risco de incêndios.
A capacitação de bombeiros, com ênfase nos novos riscos, já é uma prioridade para lidar com esses desafios inovadores.
A necessidade de regulamentação
O aumento expressivo no número de veículos elétricos nas cidades tornou a regulamentação para a instalação e operação de estações de recarga uma prioridade.
Garantir que essas estações sejam instaladas de forma segura e estejam em conformidade com padrões técnicos é fundamental para preservar a segurança dos moradores e a estrutura das edificações.
Nos condomínios, onde os espaços de estacionamento são frequentemente compartilhados, a instalação de pontos de recarga pode trazer benefícios como praticidade e valorização do imóvel.
No entanto, sem regulamentações claras, surgem desafios que vão desde a sobrecarga elétrica até possíveis conflitos entre condôminos sobre o uso e os custos da energia.
Além disso, a ausência de normas específicas pode levar à improvisação nas instalações, aumentando os riscos de acidentes, curtos-circuitos e danos ao sistema elétrico do prédio. Portanto, é essencial que síndicos, administradoras e moradores estejam atentos às legislações vigentes e procurem profissionais especializados para orientar o processo.
As novas regulamentações no Brasil
As novas regulamentações emitidas pelo Corpo de Bombeiros abordam várias áreas chave de segurança.
Entre as principais exigências para a instalação de carregadores para carros elétricos, estão:
- Critérios de Instalação: As estações de recarga devem seguir os critérios estabelecidos na norma NBR 17019, garantindo que sejam instaladas de acordo com padrões de segurança reconhecidos.
- Proteção contra Incêndios: Para garantir a segurança contra incêndios, as vagas destinadas à recarga devem possuir proteção mínima de dois extintores ABC. Além disso, as estações de recarga devem estar separadas entre si por uma distância mínima de 5 metros ou por paredes resistentes ao fogo, capazes de resistir às chamas por pelo menos 90 minutos.
- Segurança Adicional no Subsolo: No caso de estações de recarga localizadas no subsolo, são necessários chuveiros automáticos e sistemas de ventilação mecânica para dissipar gases tóxicos em caso de incêndio.
- Adequação às Novas Regulamentações: Os condomínios têm um prazo de um ano a partir da publicação das regulamentações para se adequarem às novas exigências. Durante esse período, o Corpo de Bombeiros realizará vistorias para verificar a conformidade.
O que diz a Lei sobre instalação de carregadores elétricos?
A regulamentação sobre a instalação de carregadores de veículos elétricos em condomínios está se expandindo, com esforços legislativos em diversas esferas do governo, tanto federal quanto estadual.
Os Corpos de Bombeiros estaduais aguardam a publicação da diretriz nacional sobre o tema, mas já existem várias iniciativas em andamento que visam garantir a segurança e a infraestrutura necessária para a recarga desses veículos.
Entre as propostas mais recentes, destaca-se o Projeto de Lei 158/25 da Câmara dos Deputados, que estabelece requisitos específicos para a instalação de infraestrutura elétrica e estações de recarga individual em garagens privativas das unidades autônomas. Esse projeto visa facilitar a instalação de pontos de recarga em residências e edifícios, garantindo a adequação da infraestrutura de forma organizada e segura.
Na cidade de São Paulo, que lidera o ranking de vendas de veículos elétricos, a Lei 17.336/20 obriga que novas edificações contemplem sistemas de recarga para veículos elétricos.
Esse tipo de legislação municipal está sendo seguido por outras cidades, como Cuiabá (MT), que tenta aprovar o PL 9.331/25, e o Distrito Federal, com o PL 2.169/21, ambos com o objetivo de garantir infraestrutura adequada para recarga.
Além disso, o Rio de Janeiro também se alinha com essa tendência, com a Lei Municipal 8.265/24, que estabelece a obrigatoriedade de pontos de recarga em estacionamentos com mais de 20 vagas.
As recomendações técnicas e opiniões do setor
Além da legislação, entidades do setor condominial e da construção civil têm elaborado suas próprias recomendações. Um exemplo é a Nota Técnica nº 001/2025 do Conselho Regional de Engenharia (CREA) de Sergipe, que proíbe a instalação de carregadores em garagens subterrâneas ou sob pilotis.
A recomendação também sugere que os condomínios que já possuem carregadores os reinstalem em áreas abertas, com distanciamento mínimo de 3 metros ou barreiras físicas entre os veículos.
Entretanto, a posição do CREA não é unânime. Paulo Rewald, do Secovi-SP, reflete uma visão contrária, argumentando que a normalização sobre o tema não é competência do CREA, especialmente considerando que o Corpo de Bombeiros do estado já havia revogado um parecer técnico recente. Rewald espera que a resolução do CREA também seja reconsiderada.
Além disso, a Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (ABADI), em maio de 2025, aprovou um enunciado orientando os condomínios a verificarem a viabilidade técnica de instalações com profissionais habilitados e a seguirem as normas técnicas aplicáveis para garantir a segurança das instalações.
Uma destas normas técnicas é a Norma ABNT 17019/2022. A normativa é uma das principais em relação ao assunto.
O que estabelece a normativa 17019?
Uma das normas mais recentes publicada pela a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a norma ABNT NBR 17019/2022 regra as instalações elétricas de baixa tensão.
Ela estabelece os requisitos básicos para as instalações elétricas utilizadas para o carregamento (alimentação) de veículos elétricos (VEs).
Elaborada pelo Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), ela “especifica os requisitos para a instalação elétrica fixa destinada a fornecer energia elétrica aos veículos elétricos e/ou a receber energia elétrica a partir dos veículos elétricos”.
Conforme o Canal Solar, o texto foi baseado na IEC 60364-7-722:2018.
Assista o vídeo a seguir e saiba mais sobre a norma:
A instalação de carregadores nos condomínios
A questão da instalação vem causando muita controvérsia, pois inicialmente, os condomínios entendiam que era uma obra útil. Portanto, a instalação requeria maioria absoluta (50% + 1 de todos os condôminos).
Contudo, dado o fato de cada vez mais pessoas terem esses tipos de automóveis, sejam eles totalmente elétricos ou híbridos, passou-se a ser um necessidade básica.
Além disso, eventualmente, essa instalação não é obra e sim acaba se enquadrando apenas como uma aquisição de equipamento. Neste caso, o quórum de aprovação passa a ser de maioria simples (50% + 1 dos condôminos presentes em assembleia).
Para a instalação de um sistema de recarga coletiva, é necessário se fazer um dimensionamento elétrico do empreendimento para verificar se o condomínio aguenta essa carga.
Isso porque quando falamos em uma recarga individual em que apenas dois ou três moradores utilizam, isso não afeta o dimensionamento elétrico.
Contudo, imagine se 20% ou 30% dos moradores passem a utilizar o sistema? A rede elétrica não suportará o acréscimo, fazendo com que o empreendimento tenha quedas de energia ou até algum acidente mais grave.
Esse tipo de caso acaba sendo muito similar ao da instalação de ar-condicionado, que também necessita de um projeto elétrico a fim de garantir ao condomínio a capacidade elétrica necessária para atender os moradores.
Sendo assim, é preciso que o condomínio busque uma empresa para fazer um projeto elétrico. Dependendo do caso, a instalação pode afetar a aprovação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
O importante é o condomínio provar que comporta eletricamente essa instalação.
Posso instalar carregador no condomínio?
Sim, é possível instalar um carregador para veículos no condomínio. No entanto, instalar um carregador envolve alguns aspectos técnicos e legais.
Por este motivo, é importante seguir algumas etapas e regulamentos:
- Aprovação em Assembleia: Dependendo das regras internas do condomínio, a instalação de um carregador pode precisar ser aprovada em assembleia geral, especialmente se a instalação envolver áreas comuns. Algumas convenções de condomínio podem prever essa aprovação para garantir que todos os moradores estejam cientes e de acordo.
- Capacidade Elétrica do Condomínio: É importante verificar com um eletricista especializado se a rede elétrica do condomínio suporta a instalação de um carregador de veículo elétrico. Pode ser necessário reforçar a infraestrutura elétrica para evitar sobrecarga.
- Instalação na Vaga Privada: Se o carregador for instalado em uma vaga de garagem privativa, o morador ainda precisa garantir que a instalação seja feita de acordo com as normas técnicas de segurança. Pode ser necessário ter um medidor individual para que o consumo do carregador não seja dividido entre os outros condôminos.
- Normas e Regulamentações: A instalação deve estar em conformidade com a legislação local e as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que regulamentam a segurança em instalações elétricas.
- Divisão de Custos: Caso o carregador seja instalado em uma área comum, é fundamental definir como os custos de instalação e consumo de energia serão divididos entre os condôminos.
O custo com a instalação dos carregadores
A instalação de carregadores para veículos elétricos (VE) em condomínios também levanta questões sobre custos e consumo.
Esses pontos precisam ser tratados de forma clara e democrática para evitar conflitos entre os condôminos.
A decisão de instalar um carregador geralmente passa por aprovação em assembleia, seguindo o quórum estipulado pela convenção condominial.
Assim como acontece com outras melhorias, como equipamentos na academia, televisores em áreas de lazer ou eletrodomésticos no espaço gourmet, essa instalação beneficia o condomínio como um todo, mesmo que alguns moradores não utilizem diretamente o serviço.
Ao ser implantada, a infraestrutura para carregadores valoriza o patrimônio do condomínio. Isso ocorre porque a presença desse recurso está alinhada às tendências de sustentabilidade e mobilidade elétrica, tornando os imóveis mais atraentes para futuros compradores ou locatários.
Quanto custa o carregador de um carro elétrico?
O custo de um carregador para carro elétrico pode variar bastante, dependendo do modelo, da potência e das especificações técnicas.
Existem dois tipos principais de carregadores:
- Carregador portátil (plugado em tomada comum): São mais baratos, simples de usar e podem ser conectados em uma tomada padrão (220V). Geralmente, têm potência menor (em torno de 3,7 kW). O preço médio pode variar entre R$ 2.000 e R$ 5.000.
- Wallbox (carregador fixo de parede): Esses carregadores são instalados diretamente na rede elétrica e podem fornecer uma carga mais rápida, com potências de 7,4 kW, 11 kW ou até 22 kW. São recomendados para uso residencial ou em condomínios com vagas privativas. O preço varia de R$ 6.000 a R$ 12.000, dependendo da marca e da capacidade de carga.
A divisão do consumo de energia
A questão do consumo, embora geralmente baixo, pode gerar desconforto entre moradores que não utilizam o carregador.
Para resolver isso, uma solução eficiente é a instalação de equipamentos com medidores de energia individuais. Esses dispositivos permitem que cada usuário pague apenas pelo que consumir, promovendo maior justiça na divisão dos custos.
Essa abordagem não apenas evita atritos, mas também incentiva o uso consciente da energia elétrica.
É possível carregar carro elétrico em tomada comum?
Sim, é possível carregar um carro elétrico em uma tomada comum, mas essa prática exige alguns cuidados importantes para garantir segurança e eficiência.
A maioria dos veículos elétricos pode ser carregada em uma tomada residencial de 220V (ou 110V, dependendo da região).
No entanto, esse tipo de carregamento é considerado de baixa potência e pode levar muitas horas (até mais de 24h, dependendo da bateria do veículo) para uma carga completa.
Além disso, carregar um carro elétrico em uma tomada comum pode sobrecarregar seu sistema elétrico, especialmente se a instalação não estiver dimensionada para suportar o consumo adicional de energia.
Por isso, é fundamental:
- Verificar a capacidade da instalação elétrica com um profissional qualificado.
- Garantir que os cabos e disjuntores sejam adequados para evitar aquecimentos e curtos-circuitos.
O uso prolongado de tomadas comuns para carregar carros elétricos pode gerar superaquecimento, principalmente se as tomadas não forem de qualidade ou estiverem mal conservadas. Isso aumenta o risco de acidentes, como incêndios ou danos ao veículo.
Os carros elétricos nos condomínios
O mercado de veículos elétricos está em expansão no Brasil e a adaptação dos condomínios para oferecer sistemas de recarga tornou-se uma necessidade. Como comentado, essa medida não só proporciona mais comodidade aos moradores, como também valoriza o empreendimento.
Investir em infraestrutura para veículos elétricos é um passo estratégico que alia inovação, sustentabilidade e preparação para o futuro.
Além disso, as novas regulamentações terão um impacto significativo nos condomínios, especialmente naqueles que já possuem ou planejam instalar estações de recarga de veículos elétricos.
Além dos custos adicionais associados à instalação de medidas de segurança adicionais, como extintores de incêndio e sistemas de ventilação, os condomínios também precisarão reavaliar o layout de seus estacionamentos para garantir o cumprimento das novas diretrizes.
Embora possam representar desafios adicionais para os condomínios, é fundamental que essas medidas sejam implementadas para proteger os residentes e as edificações contra potenciais riscos à segurança.
Com a devida atenção e investimento, os condomínios podem se adequar com sucesso às novas regulamentações, garantindo um ambiente seguro e sustentável para todos.
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